Mete um pé,
depois o outro,
no alto da cabeça
para que o cérebro
quente arrefeça.
Lá está ele emborrachado
naquele tascão desgraçado
por actividades marginais
que preocupam os que não saem do cais.
- Ei! Quem pensas que és?
- Cala a boca! Aqui não vales o caralho que te chega aos pés.
- Estou com sede. Dá-me o vinho, já disse.
Lembram-lhe que a vida é uma treta.
Careta. Que não tem amigos.
Que a morte se aproxima
com o escorrer da lava quente
na veia grossa, ardente.
Dizem-lhe para não sair do sistema.
"Tens que andar, rodar,
girar, voltar, girar,
rodar e andar.
Não te queixes porque há muitos peixes
como tu, entregues a fracos feixes de luz".
Malditos os que dão os cus
que andam vaidosos
na roda que gira, volta
e distorce a mente.
- Dá-me o vinho! - repetiu.
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