sábado, 3 de outubro de 2009

Os suplícios do Josué

O antigo homem dos sete ofícios
Muito corado e envergonhado
Carregava aos ombros demasiados suplícios
Fúnebres trajes abandonados.

Ao Josué deram liberdade e poder de escolha,
Com consciência fonológica,
Mas tudo à sua volta pedia a recolha
Da sucumbida experiência analógica.

Um, dois, três degraus
Subidos pelo Josué
Comidos por leões de crateras
Ao longo do torso torto morto.
Da poesia dos astros incólumes.
Do rugido do rei roxo
Que é sagrado purpúreo púlpito.

“Quem sou eu?” – gritou o Josué em cima de tábua instável.

A não-resposta disse que sim
ao homem dos sete ofícios
iludido pelo doutor petório
e pelo sentido notório
da existência dos anjos analfabetos.

“Suplícios, suplícios!” – gritou o Josué criando alarido.

“Deram-me tantos suplícios!” – chorou o Josué numa cena comovente.

Sem comentários: