sábado, 6 de junho de 2009

Mar de cinzas

Quero ser tua,
ó mar ressurgido das cinzas.
Revoltado.
Quebrado tormento a que me entrego,
naturalmente nua.
Um mar assimilado por substâncias ilegais
que atingem a ebulição
encarnada por ti.
Um mar que liberta gazes desnudados
que detonam o risco branco no monte de cinzas.
Revoltado.
Quebrado pelo vento, ar e céu.
Ó mar ingénuo, arrogante,
Por vezes impiedoso.
Revolto-me contra ti.
Sopro-te o sal que te dá firmeza
E alimento-me dos peixes por ti nascidos
Navios naufragados e almas perdidas.
Ó mar bravo,
quando deixares de querer ser escada,
e invocares-me como tua pertença,
dá-me voz e serei tua.

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