segunda-feira, 15 de junho de 2009

Camponeses ao sol

O sobral do antigo testamento está agora entregue a criaturas esquivas armadas em fogo quente. E pelos planos vazios de púcaros sóbrios encantam os que não temem o nada. Pudera eu sentir-me completamente só e comer carcaças de pão duro na madrugada de um dia cinzento.
Aos fósforos apeteceu-lhes mergulhar na noite bela e ser pombas para rasgar o céu laranja e ouvir a ovação estridente dos camponeses que, lá em baixo, beijam campos de trigo verde. Não. Não há nada mais bonito do que um campo de trigo verde amado por camponeses queimados. Pudera eu ser terra fértil e húmida só para ver os seus rostos felizes.
Nascem em mim camponeses de corpo feito e de malas às costas. Coitados.

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